sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

COMBATE A DENGUE EM CAPIM GROSSO

Com a proximidade do verão, aumentam as preocupações em torno de uma doença infelizmente bem conhecida pela população brasileira: a dengue. Esse temor não seria tão grave se três medidas simples fossem implementadas: diagnóstico, orientação adequada e um sistema de saúde capaz de atender os pacientes.

"Com essas ações, eu tenho certeza de que o índice de letalidade da febre hemorrágica da dengue (um dos tipos que causa mais mortes) cairia de 8% para até menos de 2%", diz o médico Artur Timerman, mestre em Infectologia pela Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do Painel de Atualização sobre Dengue, um consenso produzido por especialistas para abordar os diversos aspectos da doença.

Para ele, é incompreensível que as pessoas morram em razão de não poder contar com um atendimento básico e elementar. Hoje, afirmou, os hospitais públicos não têm condições de internar os pacientes para receber hidratação. "É um atestado da incapacidade do nosso sistema de saúde.

" De acordo com ele, citando a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), as estimativas mostram que, a cada ano, são gastos no mundo US$ 8,5 bilhões com os malefícios decorrentes da dengue - além da saturação dos serviços de saúde, há o custo produtivo, por exemplo, já que a pessoa fica impossibilitada de trabalhar durante o período em que está enferma. "Seria bem melhor aplicar esse dinheiro para ajudar a controlar a doença (...) São esperados muitos casos para o próximo ano."

Timerman afirmou que é preciso aprender a conviver com a dengue, já que "ela veio para ficar". Segundo ele, o modelo de crescimento econômico e a expansão desordenada dos centros urbanos, além do aquecimento global, contribuem para que o mosquito, usando as palavras do especialista, se "sinta em casa".

O médico defende as campanhas públicas, embora não as considere a arma mais importante contra a dengue. "Além da orientação, é preciso ter uma vigilância ativa" - pessoas especializadas que transmitam informações sobre a doença tanto para a população quanto para os profissionais da área da saúde.

Questionado sobre a possibilidade de o Brasil testar daqui a cinco anos a primeira vacina no mundo contra a dengue, Timerman afirmou que ouve essa conversa todos os anos. "Espero que dessa vez seja verdade." Fonte: Ministério da Saúde.

HOJE (11) A EQUIPE DE COMBATE A DENGUE REALIZA MULTIRÃO NO BAIRRO: JOSÉ MENDES DE QUEIROZ.

O combate não pode parar. Junte sua família e seus vizinhos na luta contra a dengue.


Nenhum comentário:

Postar um comentário